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ÍCARO BRASIL Nº 217, 218, 2019 e 220 - Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2002

Sucedendo a Ozires Silva, engenheiro de tantos serviços prestados ao Brasil, assumo a presidência da VARIG no momento em que a indústria de transporte aéreo no Brasil e no mundo atravessa uma das piores crises de sua história. De início, menciono algumas premissas que orientarão a nossa gestão, a partir das diretrizes do Conselho de Administração, que me elegeu. Antes de tudo, é necessário reconhecer e ressaltar o eficiente e dedicado trabalho que vem sendo realizado pelo quadro de funcionários da VARIG, mantendo com extraordinária competência o nível de qualidade dos nossos serviços, apesar dos fatores adversos que afetaram a nossa empresa. Por isso mesmo, aos 75 anos de existência, a VARIG, maior empresa de transporte aéreo do país, segue sendo orgulho do Brasil e dos brasileiros, como uma das marcas nacionais mais valorizadas aqui e lá fora. A partir de agora, a união das agências do governo federal, credores nacionais e internacionais, fornecedores, locadores e outros parceiros colocam em nossas mãos recursos vultosos, com o objetivo de nos auxiliar na busca do equilíbrio financeiro, reconhecendo o esforço de todos os integrantes da equipe VARIG. O crédito que a VARIG receberá provém de empresas e instituições responsáveis pela administração de recursos próprios e de terceiros, com base na confiança na nossa empresa e nas perspectivas reais de recuperação que apresenta, vencida a atual conjuntura. Temos certeza de que todos os que por aqui passaram e os que continuam conosco fizeram o melhor que puderam, dentro das circunstâncias de cada momento. Foi assim que chegamos aos 75 anos, comemorados com justo orgulho. Uma efeméride notável que, por si só, nos coloca em destaque entre as principais empresas aéreas do mundo. A partir de agora vamos todos juntos virar essa situação, dando continuidade ao trabalho inspirado pelo fundador Otto Ernst Meyer, consolidado por Ruben Berta e levado adiante por todos os que os sucederam.

 

VARIG, um fator de unidade nacional

Esta edição especial O Bom do Brasil, que a revista de bordo da VARIG apresenta todo mês de outubro, mostra algumas facetas vibrantes do jeito brasileiro de ser, onde o povo se mostra criativo, competente, cheio de vida e consciente das suas potencialidades, cuja somatória representa as virtudes do próprio país. Aqui está um pouco da riqueza cultural de nossa gente, em literatura, artes cênicas, música erudita, moda, design, tecnologia, natureza e até goiabada, num ano de glórias para o nosso futebol, cujos jogadores pentacampeões foram transportados neste ano pela VARIG, mantendo a tradição que começou em 1958 e seguiu pelos demais campeonatos mundiais. Assim como também apoiamos o hexacampeão mundial de iatismo, classe laser, Robert Scheidt. O clima otimista da edição torna esta publicação bem-vinda, não apenas como item de coleção dos passageiros-leitores, mas também como um bom material a ser enviado para pessoas e empresas do exterior, onde a imagem do país ainda tem sido associada a aspectos negativos. Desta forma, estão cumpridos os objetivos de uma revista que é lida por brasileiros e estrangeiros a bordo dos nossos aviões, assim como se mantém incólume a tradição da VARIG como embaixadora de nosso país por todas as rotas que desbravou e conquistou, mundo afora, há 75 anos. Esse olhar positivo sobre o Brasil pode e deve focalizar também a nossa própria companhia, a maior e mais importante empresa aérea brasileira, que enfrentou e ainda enfrenta problemas estruturais, mas que agora começam a encontrar soluções, nesta fase tão difícil em que se encontram as companhias aéreas de todo o mundo. Dentro do quadro atual, um dado muito positivo e relevante é o excelente posicionamento da marca VARIG no Brasil e no exterior, cujo prestígio manteve-se intacto durante toda a existência da companhia, como conseqüência lógica de sua extensa folha de serviços ao país, onde sempre representou um fator de unidade nacional. Esse quesito foi fundamental para que se unissem em torno da nossa empresa as companhias privadas e governamentais responsáveis por sua imprescindível capitalização, num cenário mais do que nunca de confiança e merecido respeito pelo nome VARIG.

 

Uma empresa cidadã

Um artigo de capa da prestigiosa revista Fortune, dos Estados Unidos, define a indústria de aviação civil como o segmento empresarial mais difícil de administrar, pelo grande número de variáveis incontroláveis existentes. Numa viagem longa como aquelas que partem do Brasil para as principais cidades do Hemisfério Norte, o passageiro deve ter, no microcosmo representado pelo avião, as mesmas necessidades que são supridas em seu lar ou em um bom hotel. Isso inclui aperitivo, jantar, bebidas, café da manhã, cobertor, travesseiro, bolsa de toalete, fone de ouvido, música, vídeo, filme, baby kit, kit infantil e material de leitura, como a nossa revista bilíngüe Ícaro Brasil. Numa atividade tão complexa, não é de estranhar que as companhias aéreas de todo o mundo sigam enfrentando dificuldades, mesmo com a ajuda maciça do governo, como aconteceu nos Estados Unidos depois do 11 de setembro. Naquele país parte-se do princípio de que o transporte aéreo é vital e essencial para uma nação de dimensões continentais. Daí a ajuda financeira e as facilidades propiciadas pelo governo às companhias aéreas de lá. Aqui, não ficamos atrás na vastidão do território, integrado há 75 anos pela VARIG: em superfície, sem contar o Alasca, somos maiores que os Estados Unidos. Nossa empresa nunca escolheu destinos para voar, servindo a dificuldades, mesmo com a ajuda maciça do governo, como aconteceu nos Estados Unidos depois do 11 de setembro. Naquele país parte-se do princípio de que o transporte aéreo é vital e essencial para uma nação de dimensões continentais. Daí a ajuda financeira e as facilidades propiciadas pelo governo às companhias aéreas de lá. Aqui, não ficamos atrás na vastidão do território, integrado há 75 anos pela VARIG: em superfície, sem contar o Alasca, somos maiores que os Estados Unidos. Nossa empresa nunca escolheu destinos para voar, servindo a municípios grandes e pequenos, de todos os Estados, em sua missão cidadã de colaborar para a unidade nacional. As soluções para os problemas crônicos que o setor enfrenta já estão encaminhadas e precisam ser encaradas de frente pelo novo governo, para que ocorra o crescimento e a consolidação das empresas aéreas nacionais, que operam em desvantagem frente a empresas de países mais ricos. No caso da VARIG, o lucro operacional da empresa (fora encargos da dívida) já vem se concretizando, estando a caminho o equacionamento com os credores de sua dívida histórica, para que a VARIG possa retomar o caminho que a fez conhecida e respeitada em todo o mundo.

 

Esperança e determinação

Natal e Ano-Novo são tempos de revisão e esperança, hora de renovar forças e acreditar que, com fé e trabalho, o que parece insuperável está mais próximo do que se imagina de uma solução. É com esse espírito que, ao assumir a presidência em exercício da VARIG, quero afirmar minha fundamentada confiança que a empresa retomará sua rota ascendente e terá um 2003 marcado como sempre por sua forte presença no Brasil e no mundo. Exatamente como tem feito nos últimos 75 anos, com grande determinação e uma inteligente flexibilidade aos desafios dos novos tempos. Por força do meu trabalho tenho lido nos últimos meses minuciosos relatórios de diversas consultorias e todos apontam para o que nossa experiência diária vem confirmando: a VARIG é uma empresa operacionalmente viável. Isso significa que é competente e eficiente trabalho de todos os nossos funcionários de terra e de bordo, o que também diariamente é confirmado pelos milhares de passageiros que honram nossos aviões com seu carinho e sua presença. Fundada e marcada por homens de grande idealismo, a VARIG firmou-se e cresceu quase como um projeto coletivo do Brasil e se tornou uma espécie de patrimônio nacional, admirado aqui e no exterior. É assim que seu esforço de recuperação se insere no grande desejo de renovação e crescimento que hoje toma conta do país. Mas fim de ano é tempo também de renovar-se pessoalmente, sair da rotina, viajar, conhecer novos lugares, reatar velhos laços com amigos e familiares. Agilizada em sua estrutura, a VARIG compõe hoje com a Rio Sul e a Nordeste uma vasta malha integrada que cobre, com fluência e inteligência, os lugares mais interessantes e emocionantes do país. Quero desejar a todos os nossos funcionários e passageiros boas festas, boas férias, com muita esperança num Brasil melhor.

 

 

Você viaja, Ícaro Brasil também Assim como você, leitor assíduo de Ícaro Brasil, está sempre viajando, nós também andamos muito por aí, na missão de adequar a nossa revista ao estilo e interesse dos 75% de leitores classe A que a revista atinge e dos 67% de executivos de alto escalão que viajam onosco, lendo a nossa publicação de bordo em português ou inglês. Veja por exemplo neste número de setembro como, em poucas páginas, nós saltamos de Fortaleza, com seu clima agradável e brisa constante, para a longínqua Croácia, cujos encantos naturais e insuspeitadas matrações turísticas fazem esquecer os duros tempos da guerra. De Xapuri, terra de Chico Mendes, onde nos entretemos com a fabricação de peças de madeira de alta qualidade pela população local, a Farnborough, perto de Londres, onde se realizou há pouco tempo a tradicional Feira de Aeronáutica que reúne aviões fabricados em todo o mundo, com destaque neste ano de pentacampeonato para um modelo brasileiro que deverá vender bastante no exterior, colaborando para refrescar os nossos resultados na balança comercial. Dentro das matérias que mostram os artistas sofisticados que o Brasil tem, detenha-se na sempre elegante Louis Vuitton, via cadernos que mostram o Rio desenhado de forma poética e delicada. Preste atenção também nas notas que ficam no começo da revista, e que sempre trazem tópicos e dicas de seu interesse. E logo na página anterior a esta, se já não leu, leia o editorial de Arnim Lore, economista de grande currículo, recém-empossado na presidência da VARIG. A ênfase e a confiança de suas palavras, aliadas à reformulação financeira que a empresa está enfrentando, não deixam dúvidas de que uma rápida recuperação da companhia se delineia desde já.

Aqui está de novo, pela quarta vez consecutiva, a edição O Bom do Brasil, que procura mostrar o que o Brasil tem de bom, sem cair no lugar-comum, quesito em que a colaboração dos leitores é importante, revelando lugares e coisas que só quem mora perto conhece. O sucesso da edição é medido não apenas pelos e-mails entusiasmados que costumam chegar até nós quando a edição é distribuída, mas também pelo número de exemplares adicionais que nos são solicitados, a maioria destinada ao exterior, além dos 130 mil distribuídos nos aviões, com índice de seis leitores por exemplar. Esta publicação criou na redação da revista um sentimento de saudável e consistente otimismo e brasilidade, quando se constata, parodiando Caminha, que em se ensinando tudo se aprende, já que o nosso povo, espalhado por este imenso continente, é matéria-prima de primeira grandeza. É o caso do Balé Bolshoi, cuja dança sublime tem 226 anos, mas só agora se lança numa empreitada fora da Rússia, mais precisamente em Joinville (SC). Uma realidade comovente, onde um grupo de crianças, em sua maioria da rede gelado e da goiabada cascão de ensino público, começa a dominar os mistérios de uma arte tão sofisticada como o balé clássico, para fruição primeira de uma platéia brasileira sempre emocionada. Ainda na cultura, destaque para a Orquestra Sinfônica de São Paulo, convidada para uma grande turnê pelos Estados Unidos, assim como para o nosso imenso poeta Carlos Drummond, que faria 100 anos neste mês. A edição tem uma variedade impressionante de temas, que vão do chope até Fernandas, brasileiras bonitas e talentosas, passando por nossas competências industriais e de projetos. E quem quiser levar a revista ao sair do avião, pode. Sem ficar preocupado como aquele passageiro da ponte aérea que, com o avião estacionado em Congonhas, já em pé, lia Ícaro Brasil com sofreguidão, para, entre afoito e aflito, devolvê-la à bolsa da poltrona antes de desembarcar. Você pode levar a sua para casa, sim, mesmo sendo uma edição mais robusta, como O Bom do Brasil.

Quando Robert Scheidt foi escolhido como capa deste número de Ícaro Brasil, as moças da redação aprovaram de imediato. Não só pelo fato de se tratar de um hexacampeão mundial de iatismo na classe laser – patrocinado pela VARIG – como por ser um rapaz bem-apanhado, louro, alto e atlético, uma espécie de réplica à capa de Gisele Bündchen que a revista de bordo VARIG lançou em janeiro de 2000, para alegria dos rapazes. Quem não se lembra da longa madrugada olímpica, em que, sem saber nada sobre esse negócio de regatas, observamos pela televisão aquela porção de barquinhos à vela flutuando no mar, prontos para partir, tendo ao fundo a inconfundível silhueta da ópera de Sydney. O Brasil torcia por sua primeira e única medalha de ouro, que acabou não saindo, apesar de todos os títulos mundiais que o favorito Scheidt já havia conquistado. É que a sua vela naquele dia não conseguiu enfunar, por ter sido cortada pelo “vento sujo” do inglês Ben Ainslie, que acabou ganhando o ouro. Naquela madrugada ficamos todos revoltados com o britânico, que empenhou-se num “casco a casco” pessoal com o nosso patrício, impedindo-o de dar a partida. Só agora, após ler a matéria de capa desta edição, pudemos afinal entender que essa tática é lícita, e que o próprio iatista brasileiro já se valeu dela em outras disputas. Robert Scheidt e Gisele Bündchen, em nossas capas, servem como exemplo de que o Brasil tem realizações de sobra para mostrar ao mundo, não só nas várias modalidades esportivas em que somos campeões, como em diversos outros campos de atividade, alguns deles destacados na nossa última edição O Bom do Brasil, que teve enorme receptividade junto aos leitores-passageiros.

No ano que vem, Ícaro Brasil faz 20 anos. Uma trajetória bonita da nossa revista de bordo, que equipes dedicadas souberam traçar e manter em padrão elevado, ao longo de todo esse tempo. A ponto de não fazer feio frente às publicações de companhias aéreas que compõem a Star Alliance, como a campeã En Route, da Air Canada, que ganhou artigo na nossa última edição. Por tudo isso, a responsabilidade de editar uma boa revista se renova a cada número dedicado a você, leitor-passageiro, que ao se ajeitar na poltrona já tem a revista nas mãos, para nossa alegria. Procuramos escrever boas histórias, sempre ligadas a entretenimento e lazer, mostrando temas brasileiros com enfoque internacional e assuntos do exterior com interesse local. Tudo em português e inglês, como pede o universo dos leitores, num complexo e diuturno trabalho de tradução do nosso editor Douglas Smith. É o caso das viagens desta edição, do dia pleno em Punta del Este, requintada cidade do Uruguai, com cara de Europa, até o tropicalíssimo Estado de Sergipe, cheio de novas e insuspeitadas atrações. Passeando pelo espírito natalino, falamos de Cláudia Troncoso, uma moça de São Paulo que pratica a solidariedade e a compaixão como se fossem coisas simples, naturais e espontâneas. Mostramos também a eterna beleza das obras de Aleijadinho e os delicados biscoitinhos da doce Pati. Um excelente mote para desejar a você um aconchegante Natal e um Ano-Novo cheio de esperanças que se tornem realidade.

 

 

Serenas e românticas quando vistas a distância, as nuvens passam, na verdade, por um constante processo de ebulição. O passageiro mais observador pode até notar que essa ebulição se concentra na parte superior daquela enorme massa branca e brilhante de vapor de água. A movimentação constante das camadas superiores de uma nuvem de grande volume é o resultado de uma luta interna à procura do equilíbrio de bilhões de partículas de água de temperatura e densidade variadas, num processo que, grosso modo, pode ser comparado à fervura em um bule de café. Correntes de vapor de água procuram a parte superior da nuvem, formando uma corrente bastante forte. Por isso, pilotos experientes sabem que nuvens mais densas significam maior ou menor grau de turbulência e devem ser mantidas a uma distância respeitável. A existência dessas formações é, aliás, alertada por boletins meteorológicos antes da decolagem e pelo radar de bordo durante o vôo. Hoje é possível passar ao largo de tormentas, granizos, raios e tempestades. Claro que algum momento de tensão é sempre possível. Em vôos noturnos, por exemplo, pode ser impressionante o espetáculo proporcionado por raios e relâmpagos. Mas fique tranqüilo: um raio revela-se inócuo mesmo nos raríssimos casos em que a descarga, antes de prosseguir sua trajetória, faz uma espécie de conexão nas partes metálicas externas do avião. Resumindo, o piloto procura manter seu vôo sempre a centenas de metros de determinadas formações de nuvens. Nas raras condições em que isso não foi possível, você pode até dizer aos amigos que passou perto de uma tormenta, nunca que seu jato atravessou uma tempestade. Com todos os recursos da previsão em terra, monitoramento a bordo e treinamento de pilotos, tempestade é, hoje, um evento evitado a todo o custo.

Comparar frota de aviões com os carros que a gente usa não faz o menor sentido. Para medir a vida útil de um jato, fabricantes e companhias aéreas se baseiam exclusivamente no número de horas voadas e não nos anos de operação. A combinação dessas horas com o número de decolagens e pousos resulta na média realmente levada a sério pelas empresas que decidem renovar sua frota comprando jatos novos de fábrica. Na prática, dentro desses critérios, a vida útil média de um jato fica entre 15 e 20 anos. Depois, longe de ser aposentado, o avião passa para as mãos de novo proprietário e continua voando por mais algum tempo. Para se revelar rentável, um jato deve ser utilizado ao máximo. Turnos diários superiores a dez horas de vôo, que correspondem a cerca de 3.500 anuais, são a regra. Em alguns casos essa utilização diária pode beirar a 15 horas. Assim, ao longo de sua vida útil uma aeronave pode perfeitamente acumular 75.000 ou mais horas de vôo. Já um carro de uso pessoal utilizado apenas para o transporte individual roda o equivalente a mil horas/ano e costuma ser considerado velho depois de dez anos. Ora, em aviação um jato de dez anos é visto como um adolescente: com 35 mil horas de vôo, nem atingiu ainda a metade de sua vida útil. É claro que o pressuposto para essa longevidade é uma manutenção criteriosa, feita em oficinas certificadas por pessoal bem treinado e rigorosamente fiel a todas as recomendações do fabricante. Em outras palavras, não existe avião velho, apenas avião mal mantido. O que variam são as políticas das empresas. Algumas preferem substituir a frota entre os seis e dez anos de uso, outras igualmente calculam na ponta do lápis até que idade sua frota ainda dá retorno para o investimento, mesmo a um ônus maior em virtude de manutenção mais freqüente. Ambas as opções nada têm a ver, em todo o caso, com eficiência e a segurança das aeronaves.

 

Feira Internacional de Farnborough

Queixo apontado para o céu, de boca aberta, eis a postura-padrão na Feira Internacional de Farnborough, Inglaterra, diante de tantas atrações civis e militares em exibição. Afeira internacional aeroespacial de Farnborough, Inglaterra, é realizada de dois em dois anos, alternando com a Feira de Le Bourget, na França. Fica a ma hora e meia de Londres por rodovia e dura uma semana, sendo visitada por profissionais de segunda a sexta, e pelo público geral, no fim de semana. À primeira vista, Farnborough parece um grande acampamento, montado sobre ampla extensão de gramado, na melhor tradição inglesa. Isso porque são poucas as construções permanentes: os estandes e chalés que cobrem toda a área da feira são desmontáveis, embora muito bem construídos. Ali estão as empresas representativas do setor aeroespacial. O centro das atenções de todos os olhares é uma pista de pouso toda balizada. Por ela decolam os aparelhos que fazemp fdemonstrações para um público de civis e militares. Os brasileiros presentes a Farnborough viveram um momento de justo orgulho quando nesta pista surgiu o Embraer 170, um avião de projeto inteiramente novo, para 70 passageiros, lançado na feira. No vôo de exibição o Embraer 170 elevou-se num espaço muito curto, com as turbinas quase inaudíveis, contrastando com a apresentação dos outros jatos. Depois pousou em ângulo de descida acentuado, para mostrar que se adapta a aeroportos com limitações de pista. Mais tarde, o momento de maior emoção: a primeira viagem do novo modelo com passageiros e representantes de companhias aéreas de todo o mundo. A totalidade dos especialistas que estavam a bordo examinou em detalhes todas as características do avião, do acabamento original da poltrona aos dois amplos banheiros à disposição dos usuários. Na cabine, as perguntas para os pilotos se concentraram no sistema Fly-By-Wire, onde os comandos do avião são transmitidos por impulsos eletrônicos e não mais mecânicos. Dentre os passageiros, um dos mais sorridentes e animados da Dviagem era Naresh Goyal, principal acionista e dirigente de uma empresa indiana chamada Jet Airways. Mas a festa, numa feira de aviação, é decididamente global. Com suas diferentes fardas e condecorações, provenientes de todo canto do mundo, os militares dão um colorido especial ao evento. Pontualmente às 14h30 começam a surgir na pista as aeronaves militares, com um nível de ruído que leva todo mundo a tapar os ouvidos. É como 100 trovões que se concentrassem na saída das turbinas, ecoando para todos os lados. Entre um jato militar e outro, surge um veterano caça que sempre faz sucesso. É o mítico Spitfire, vencedor da Batalha da Inglaterra, na Segunda Guerra Mundial, que impediu a invasão da ilha pela Alemanha nazista. p fDe repente começam a se exibir os aviões civis, que acabam por fazer manobras mais exageradas do que os passageiros estão acostumados a ver nos aeroportos. O primeiro a fazer evoluções é o Airbus A-340-600, anunciado como o avião mais longo do mundo, com dois bares, um na primeira classe e outro na executiva, além de salão de beleza. Outra ênfase da Airbus foi dada em cima do modelo A 380, de dois andares ao longo de toda a fuselagem, denominado pelo presidente da empresa, o agitado e dinâmico francês Nöel Forgeard, o "superjumbo". Um avião previsto para entrar em serviço em 2006, com capacidade para 555 passageiros. O novo modelo pretende proporcionar mais espaço nas três classes, além de oferecer amenidades em um deck inferior.

 

Nasci no sertão cearense, mas passava minhas férias sempre em Fortaleza. De lá pra cá muita coisa mudou, mas o que ainda mais me encanta nessa cidade, apesar de toda a explosão moderna, é ver a resistência e bravura dos jangadeiros, a intocável beleza da cultura popular, a eterna delicadeza das rendas, e tudo isso banhado por aquele mar de luz que tanto encantou o cineasta Orson Welles quando, na década de 60, aqui veio fazer seu belo filme sobre nossos jangadeiros. Como fotógrafo não posso deixar de celebrar a luz única dessa cidade, e fazer uma homenagem ao fotógrafo cearense Chico Albuquerque, que fez sobre a Praia do Mucuripe um ensaio à altura dos jangadeiros de Welles. E é justamente por Mucuripe que pode começar seu dia pleno em Fortaleza.

6h00 Vale a pena acordar cedo para observar da janela do quarto do Hotel Caesar Park na Avenida Beira-Mar/Praia do Mucuripe 1 a lenta movimentação dos pescadores se preparando para entrar no mar. O passo seguinte é descer, caminhar lentamente pela beira-mar até a Praia do Mucuripe e sentir as jangadas partindo para o mar iluminadas pelo primeiro sol. O hotel fica a 500 metros de onde saem as jangadas.

7h30 É hora de tomar um bom café, internacional pela qualidade, e earense pela presença de Rosa, que recebe os hóspedes com um sorriso de luz própria e faz tapiocas quentinhas na hora. As preferidas são as salgadas com p fqueijo coalho e as doces com leite condensado e coco. 8h30 Uma semana, quase que um mês não esgotam as praias do Ceará. O jeito é começar o dia pela mais próxima, a Prainha, que fica a 26 quilômetros da cidade. O ideal é alugar um carro ou um táxi com motorista. O hotel tem taxistas credenciados que podem ser contratados para ficar o dia inteiro. Graciosa e tranqüila, a Prainha 2 ainda faz a gentileza de formar umas deliciosas piscinas na areia quando a maré está baixa. Um convite para esquecer o mundo, de molho naquelas águas mornas. Além de uma interessante colônia de pescadores, a praia sugere uma visita ao Centro das Rendeiras, uma tradição que ali passa de avós para netas. Pode-se ver fazer e comprar na hora. Outra boa idéia é um passeio de jangada. O simpático Pirita oferece um com toda a segurança. Gostou? Então procure o Oliveira, pescador artesão que faz réplicas de jangadas. Outra opção é um passeio de bugue por dunas e lagoas da orla próxima. Pode confiar no peixe frito com cerveja das muitas barracas.

11h00 No Porto das Dunas, entre a Prainha e Fortaleza, fica o Beach Park 3, que às 11 horas abre suas magníficas piscinas e tobogãs. As crianças vão adorar. p fA praia ao lado também é muito gostosa e com excelente infra-estrutura.

14h00 De volta a Fortaleza, sugiro o almoço no Cantinho do Faustino 4, no bairro da Varjota, conhecido pelos restaurantes. O cearense Faustino foi chefe do Sheraton e do Meridien no Rio, e do Othon Palace, em Fortaleza, até que decidiu montar o seu cantinho. Atendido pelo dono, o restaurante é famoso pela boa comida e pelo espaço agradável. É com orgulho que ele mostra a horta orgânica no terraço do restaurante, onde colhe as ervas para os diferentes pratos. Uma de suas criações é a Lagosta Mocororó, finamente grelhada ao vinho de cajuazeiro (mocororó), acompanhado de purê de p fabóbora. Entre as sobremesas de maior sucesso, sorvete de manjericão e rapadura flambada com frutas da época. Ronaldinho Gaúcho foi o primeiro a provar, depois do penta, esse exótico sorvete de rapadura e basta dizer que voltou ao restaurante muitas e muitas vezes. O restaurante também é freqüentado pelos famosos locais, Fagner sempre dá um jeito de aparecer por lá.

15h30 Depois do almoço, vale a pena ir até o centro da cidade

 

Numa tarde do verão de 2002, na Inglaterra, dois engenheiros brasileiros se emocionam ao acompanhar a primeira exibição, para uma platéia superespecializada, de um modelo de novo avião, com duas turbinas sob as asas, projetado e fabricado no Brasil, em São José dos Campos (SP). Foi em Farnborough, numa das mais importantes feiras de aviação do mundo, que um avião brasileiro, de design elegante, pintado de prata e azul, fez grande sucesso, ao decolar e fazer evoluções quase sem barulho, na primeira apresentação para um público especializado, que culminou com uma importante venda para a Jet Airways, companhia aérea da Índia. Em São José dos Campos, sede da Embraer, fabricante da nova aeronave, Ícaro Brasil procurou aqueles dois engenheiros, que estão no comando de setores vitais da empresa, para saber como foi possível desenvolver no Brasil, um país sem tradição em tecnologia de ponta, mais um produto que chegasse a essa posição de destaque num setor tão especializado, em que a empresa brasileira se situa como o quarto maior fabricante de aviões do mundo. Satoshi Yokota, 61, nasceu em São Paulo e foi estudar engenharia eletrônica a menos de 100 quilômetros da capital, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), onde se formou em 1964, não sem antes tirar o brevê como piloto de planador. Yokota é vidrado por aviões, como a grande maioria do pessoal que trabalha na Embraer, um grande playground tecnológico para um quadro de 3 mil engenheiros, 95% brasileiros, gente que ele destaca como tendo rara dedicação e competência, numa indústria em que a rotatividade da mão-de-obra é mínima, de apenas 3% ao ano.

Seu primeiro emprego foi em São José dos Campos mesmo, no Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA), como pesquisador em projetos de radionavegação. Em seguida passou alguns anos numa empresa aérea que há muito tempo não existe mais, a Paraense, regressando a São José para trabalhar na Embraer, em junho de 1970, dez meses após a sua fundação, como empresa estatal. Yokota acompanhou, na época, o esforço do setor aeronáutico do governo federal, ao criar e investir no inteligente triângulo formado pelo ITA, escola de engenharia, CTA, centro de pesquisas e Embraer, fábrica de aviões, que viabilizou o surgimento dos primeiros modelos civis e militares da empresa: Bandeirante, Xavante, MX, Tucano e, parcialmente, o Brasília. Mas também sentiu na pele as limitações impostas a uma companhia subordinada diretamente ao governo, como a dependência de Brasília para qualquer decisão, o processo das burocráticas e demoradas concorrências para quase qualquer compra, e o fato de não ser possível dispensar alguém, mesmo que não esteja correspondendo ao desempenho.

Acompanhou também o início do processo de privatização, no final de 1994, e a entrada do atual presidente Maurício Botelho, em setembro de 1995. Os novos sócios aportaram, à época, US$ 520 milhões para aliviar o caixa e dar impulso ao projeto do modelo de jato EMB 145, que iria dar maior prestígio e condição econômica para a empresa. Hoje Yokota é vice-presidente industrial da Embraer, tendo sob sua responsabilidade, além de outros departamentos, toda a área de projetos, de onde saiu o modelo 170, programa sob o comando de Luís Carlos Affonso, 42 anos, que confessou ter ficado com a garganta seca de emoção, na hora do vôo do seu filho preferido, em Farnborough. Nascido em São Paulo, Affonso mudou-se para São José aos 17 anos, para estudar engenharia aeronáutica também no ITA, dando prosseguimento à vocação que já demonstrava quando fazia desenhos bem coloridos, para encanto de sua mãe, mas sempre com um avião passando ao fundo. Natural que ele tenha começado a trabalhar na Embraer, seu único emprego até hoje. Piloto de planador, como Yokota, aprendeu também a voar em aviões, ainda na universidade. Affonso segue entusiasmado com tudo que voa: interrompeu a entrevista a Ícaro Brasil para exclamar “olha que bonito!”, ao vislumbrar pela janela da fábrica um avião de treinamento Tucano, produzido lá mesmo, que fazia acrobacias e deixava bem alto, no céu azul, um rastro de fumaça. sob o comando de Yokota, Affonso dirige os programas dos aviões 170, como o que se apresentou em Farnborough, e dos 190, em fase de desenvolvimento de projeto, cobrindo uma faixa de 70 a 112 passageiros.

Como nasce um avião? É pergunta obrigatória, dirigida a alguém que trabalha nessa especialidade tão exclusiva. Há dois pontos de partida, responde Affonso, sem titubear: a descoberta de uma oportunidade a ser explorada no mercado, e a elaboração de um anteprojeto, muito técnico, mas também intuitivo, onde se estabelece o tamanho do avião, da asa, potência do motor, peso, desempenho, custo. Daí para a frente, só visitando clientes em potencial, um por um, como foi feito em 1998, quando Affonso chefiou um grupo que levou, para a apreciação de 50 importantes empresas aéreas, cobrindo 80% do mercado, duas alternativas do novo avião, em anteprojeto. Yokota complementa a informação ao destacar a grande vantagem da nova linha Embraer: o avião projetado no Brasil saiu do zero, com todas as características baseadas no nú-mero de passageiros que deverá transportar, enquanto os concorrentes de maior expressão no mundo precisam encurtar modelos existentes para atender a mesma faixa, o que resulta num peso de 5 a 13 toneladas maior que o do 170. Sendo que, em aviação, peso é custo operacional. Por isso mesmo, não é de estranhar o número de vendas de 344 unidades para a nova linha 70/190, entre pedidos e opções firmes, para um objetivo inicial de 650 aeronaves. É por essas e outras que as vendas da Embraer, como um todo, estão em primeiro lugar, em valor, na pauta de exportações do Brasil, ganhando até do minério de ferro. Perguntado sobre a existência de eventual preconceito pelo fato de o novo avião da Embraer ser fabricado num país ainda considerado exótico por boa parte da mídia internacional, Yokota e Affonso esclarecem que o receio já se desfez, graças ao bom desempenho desses produtos pelo mundo afora. E para os clientes que ainda possam estar desconfiados a respeito da capacidade do país de procedência do avião, a Embraer usa uma estratégia que sempre dá certo: mandar o cliente resistente conversar com aqueles já convertidos à causa brasileira. Exatamente como faz um comprador de automóvel precavido, ao trocar de carro.

 

Em sua última edição, a revista Planet Aerospace celebra o primeiro vôo do primeiro jato. O desenvolvimento do protótipo começou em abril de 1939, em plena Segunda Guerra Mundial. A equipe logo descobriu que o projeto iria exigir mais da habilidade dos engenheiros. O motor turbojet BMW tinha acabado de ser desenvolvido e ainda não havia sido utilizado. Ninguém sabia como um avião de combate iria se comportar com a velocidade sem precedentes que esse motor poderia proporcionar. Rápido e leve, o Me-262 iria deixar para trás todos os limites de conhecimento da equipe sobre aerodinâmica. Me-262 permanecerá como um marco na história da aviação. No primeiro teste do protótipo, em 18 de abril de 1941, o Me-262 V1 decolou com um motor de pistão no nariz. Propulsionado de maneira convencional, o Me-262 apresentou um comportamento de vôo totalmente satisfatório. Em novembro daquele ano, a BMW finalmente pode dar aos primeiros protótipos o seu motor turbojet. Em 25 de março de 1942, o Me-262 V1, convertido num avião de combate com dois motores, decolou para o seu segundo vôo. Depois de subir a uma altura de 50 metros, os p dois motores falharam, mas o protótipo foi capaz de aterrissar sem maiores danos graças ao motor auxiliar de pistão. Em 18 de junho de 1942, 60 anos atrás, o Me-262 fez seu vôo inaugural equipado só com motores a jato, abrindo uma nova era na aviação moderna. Era o terceiro protótipo de teste, o V3, propulsionado pelo primeiro motor “Jumo”. Nos controles estava Fritz Wendel, que somente conseguiu decolar usando um truque. Depois de acelerar por uns 500 metros, pisou rápido e forte nos freios levantando a cauda subitamente. Com isso, o avião subiu. O restante do vôo transcorreu sem nenhuma surpresa. Ainda foram executadas várias e significantes modificações, em particular a colocação de nova roda no trem de pouso dianteiro e uma asa muito parecida com asa-delta. Essa versão atingiu uma velocidade de mais de mil quilômetros por hora. Nenhum outro avião deixou tantas histórias mesmo 60 anos após seu primeiro vôo. Mas, de todos os pontos de vista.

 

Nova versão do site VARIG no ar.

Novidade é o que não falta no site da VARIG. Novo layout, serviços mais dinâmicos, promoções especiais, ofertas exclusivas e muito mais! Nossa área de serviços está mais objetiva. Consultar partidas e chegadas de vôos, atualizar o cadastro, fazer e acompanhar o status de todas as suas reservas ficou ainda mais fácil. Em Mapas e Rotas, mais uma nova seção do site, você confere as rotas - domésticas e internacionais - que a VARIG oferece. Aqui você tem o recurso do "zoom" para ver o mapa em detalhes. E se você voa com freqüência para o Chile ou a Argentina, conta agora com a praticidade, a rapidez e a segurança do Bilhete Eletrônico para compra de passagens do Brasil para esses dois países. Visite o site da VARIG. A sua viagem começa aqui.

 

Buenos Aires e Montevidéu

Desde 2 de dezembro, a VARIG voltou a operar em vôos diários e diretos para Buenos Aires. Com partidas do Rio de Janeiro e Florianópolis, a rota oferece equipamentos com classe executiva. Outra novidade da VARIG é o retorno do Boeing 737-300 na rota entre as cidades de Porto Alegre e Montevidéu. Isso significa maior oferta de assentos e também vôo diário e direto.

 

VARIG TRAVEL ganha o “Qualidade Brasil 2002”

Escolhida como a melhor do ano na categoria operadora de turismo, a VARIG TRAVEL recebeu o troféu “Qualidade Brasil 2002”. A premiação foi entregue em noite de gala no Clube Monte Líbano, São Paulo, reunindo personalidades do meio empresarial e nomes famosos do meio artístico, TV e teatro. A partir dessa indicação, a operadora passa a usar o selo do símbolo internacional de qualidade da International Quality Service, organização que atua em 21 países. O prêmio, em sua 25a edição brasileira, evidencia empresas cujo esforço e determinação levem ao atendimento qualificado das necessidades e foi apontado como o principal acontecimento do ano no setor da Indústria do Turismo. A empresa comemora seu primeiro aniversário com 65 lojas e pontos de atendimento em 18 Estados brasileiros e Distrito Federal, anunciando presença no exterior em 2003.

 

 

 

 

 

 

 

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